As mulheres em geral reclamam, e com razão, que homens perdem peso mais rápido. De fato, do ponto de vista metabólico relacionado ao acúmulo de gorduras, esse dado é real.
As mulheres têm maior resistência à leptina (um hormônio que tira o apetite), e também têm o metabolismo mais lento que os homens, além de terem menor quantidade de massa magra, que fazem com que gastam menos energia por grama de músculo. Ou seja, mesmo que tivessem uma massa magra igual a homens ainda assim gastariam menos.
Parte disso é hormonal, relacionado à maior concentração de estrógeno e menor de testosterona.
Além disso, as mulheres, na média, tem um organismo com menor preferência por queimar gorduras (preferindo queimar carboidrato).
Porém, uma das outras razões que explicam essa maior dificuldade de perda de peso é a maior concentração de gordura no tecido subcutâneo, o que do ponto de vista de saúde, é bom.
Essa gordura é menos facilmente mobilizável (e portanto mais difícil de perder), mas exatamente por isso, ela gera menos maleficio ao organismo. A gordura visceral, mais comum em homens, é rapidamente mobilizável, porém devido a isso libera uma série de substancias danosas ao organismo, o que explica parcialmente o risco cardiovascular maior em homens.
O mais importante é entender que essas diferenças existem e focar numa perda de peso compatível com seu organismo, e não comparar-se aos outros; mesmo dentro dos sexos, há́ pessoas que perdem rápido e perdem devagar; que funcionam melhor com um ou outro tipo de dieta, etc.
O seu tratamento só́ funcionará se suas expectativas se adequarem à sua biologia.