Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, o implante hormonal é um método de tratamento utilizado para tratamentos ginecológicos.
Essa técnica foi desenvolvida pelo médico Dr. Elsimar Coutinho, e são inapropriadamente chamados de chips da beleza, por provocarem, como efeitos secundários, a diminuição da gordura corporal, o aumento da massa magra e a melhora da flacidez. Porém, é importante ressaltar também que, esses benefícios não são indicações para o uso dos implantes.
As indicações médicas são diversas e pessoais, ou seja, somente um médico especializado pode dizer se você precisa e porquê precisa de um implante hormonal.
Atualmente, muitas mulheres se favorecem dos efeitos dos hormônios e as principais necessidades são as voltadas para o climatério, tratando os sintomas causados pela queda de estrogênio, com isso é possível devolver a qualidade de vida à essas mulheres.
Um caso também muito utilizado o implante como opção é o da anticoncepção, é um método cômodo para aquelas pacientes que não toleram pílula, queixam-se da queda de libido pelo uso do anticoncepcional oral ou se esquecem de tomar e preferem a praticidade.
Como é o implante?
Quando falamos de implante hormonal, estamos nos referindo à um pequeno tubo feito de silástico (semelhante à borracha e utilizado em próteses para humanos), inerte ao organismo e que mede, em média, de 3 a 5 cm. Esse tubinho é preenchido por hormônios que caem na corrente sanguínea de maneira controlada e segura.
Os implantes hormonais são inseridos, preferencialmente, na região glútea, em tecido subcutâneo, sob anestesia local, por um profissional devidamente qualificado.
Quais são os hormônios utilizados nos implantes hormonais?
Seis tipos de hormônios podem ser administrados através dos implantes hormonais, são eles a Gestrinona, Testosterona, Estradiol, Progesterona, Metformina e Nadh.
Gestrinona
A gestrinona é um 19-nor-esteróide, anti-estrogênio e antiprogesterona que, geralmente, é utilizado no tratamento da endometriose e da miomatose. O composto tem efeito anabolizante e hemostático, então, também é utilizado no tratamento da anemia.
Testosterona
Tanto em homens, quanto em mulheres, a administração desse hormônio através dos implantes, só é realizada mediante os níveis sanguineos de testosterona total.
Lembrando que em mulheres, trata-se de uma associação do estradiol com testosterona.
Já no homem, nos referimos à uma reposição hormonal, ideal para homens com níveis baixos de testosterona.
Estradiol
Como a testosterona em homens, que é uma reposição hormonal, assim é administrado o estradiol nas mulheres, sempre com base nos níveis sanguineos do hormônio, obtidos na fase proliferativa do ciclo menstrual, de preferência entre o 10º e 12º dia.
Esse tipo de implante também é comumente utilizado em mulheres na menopausa e tem duração de um ano, em média, considerando que a mulher não seja fumante.
Progesterona
O implante de Progesterona é um implante muito procurado nos últimos anos, por ser de longa duração, e é pertencente à categoria dos LARCS (Contracepção Reversível de Longa Duração). Ele libera apenas o hormônio progesterona continuamente ao longo de alguns anos e, por isso, a maioria das pacientes apresenta redução do fluxo menstrual, ou até amenorreia em alguns casos. Portanto, também é indicado em várias outras situações, além de anticoncepção, como fluxo menstrual aumentado ou cólicas menstruais intensas, ambos sem outra causa diagnosticada ou tratável.
O Implante Hormonal Subdérmico (popularmente conhecido como “chip”) é uma haste flexível que é inserida sob a pele do braço, após uma aplicação anestésica local, liberando também o mesmo tipo de hormônio durante alguns anos.
Metformina
Diferente do que muitos pensam, o implante de Metformina não se trata de um implante hormonal, já que estamos falando de um medicamento.
Utilizado para tratamentos diabéticos, é também uma opção quando falamos de SOP (Síndrome do Ovário Policístico) e é nestes casos que são utilizados os implantes com esse composto.
Alguns estudos demonstraram que a metformina pode diminuir a secreção de insulina com recuperação de ovulação espontânea ou induzida por clomifeno.
A utilização da metformina por 24 meses em mulheres com síndrome dos ovários policísticos com peso normal ou excesso de peso, está associada com a melhora dos parâmetros hormonais e com a melhora na regularização dos ciclos menstruais da pacientes.
De fato, existem diferenças nas respostas ao tratamento com a metformina de acordo com peso e com os níveis de testosterona de cada paciente, por isso, se dá a importância do médico estar ciente da eficácia da metformina para cada paciente.
Nadh
O Implante de Nadh também não trata-se de um implante hormonal, Nadh é um composto orgânico (adenina) encontrado nas células de todos os seres vivos e conhecido como “transportador de elétrons”.
Pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard mostraram que é possível reverter alguns dos efeitos do envelhecimento, mediante o aumento dos níveis de NAD+ (que caem naturalmente com a idade, em todas as células do corpo).
O Implante de Nadh tem como objetivo melhorar a pressão arterial, o colesterol, a depressão, impulsionando o sistema imunológico e reduzindo efeitos adversos do álcool no fígado, por exemplo, além de reduzir os sinais de envelhecimento.
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